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quarta-feira, 21 de setembro de 2011


Aborto, Ateísmo e a Percepção da Verdade

Posted on setembro 21, 2011 by 
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Corriqueiramente, tem bombado no Youtube, a questão do aborto, costumeiramente defendido por ateus. Normalmente, a argumentação abortista é que cientificamente o feto é despido de qualidades que o tornam um indivíduo, ou que aquele é apenas um conjunto de células amorfas.
Essa questão nos leva a duas situações, pelo qual será explanado aqui.
Ora, o que de fato forma o ser humano para que este seja classificado como um? Qual o limite da essência, que determina “isso é um verdadeiro homem, isso não é um verdadeiro homem?”
Um coisa que precisa estar clara é que TODO homem, está em POTÊNCIA. Ou seja, ele não nasce sendo os seus próprios atributos. Nenhum indivíduo da terra, já nasce sendo bondoso, ou sendo mal, ou sendo inteligente. E isso não é limitado somente ao seu nascimento, mas mesmo em fase adulta o homem não possui suas qualidades em seu explendor ou perfeição. Todo ser humano necessita APRENDER para que de fato possa SER alguma coisa.
Tendo isso como base, jamais poderemos argumentar a favor da morte de um feto, pelo simples fato de ele não ser alguma coisa. Pois não ser algo, é inerente a todo ser humano. Ora iremos pois te matar, pelo simples fato de você ser anti-social? Elemento inerente ao ser humano? Iremos te matar pelo simples fato de você nascer como uma doença mental, que te faça ter a mentalidade de uma criança de 5 anos? É ÓBVIO que não.
Essa defesa do aborto, nos faz remeter a segunda situação. A falta da percepção da verdade. Certa vez Hegel disse:
“A autoconsciência é a casa natal da verdade”
Hegel bem sabia, que nós só encontramos a verdade absoluta e objetiva das coisas, quando de fato temos uma auto-sinceridade com nós mesmos. Quando éramos crianças, certamente jogávamos a culpa de nossos erros, ao Joãozinho ou a Mariazinha. Contudo, o nossos pais vinham ao nosso encontro e demonstravam a nós que o ato cometido fora realizado por nós, por motivos egoístas. E dai, nós começamos a desenvolver o nosso autoconhecimento a partir de um valor objetivo externo que demonstra os nossos verdadeiros porquês.
Quando de fato, assumimos o compromisso interior com a verdade absoluta de nós mesmos e assim a encontramos, estamos aptos para encontrar a verdade objetiva dos fatos externos.
Contudo, se pela mesma liberdade que afirmamos a verdade objetiva, por aquela também nós negamos esta.
Quando o indivíduo nega a verdade objetiva das coisas, ele cria sonhos ou ilusões, que venham a abrandar ou estancar uma verdade desagradável pelo qual ele não quer encarar. Ou seja TUDO vale, para justificar seus atos.
O homem quando despido de uma verdade inalienável que o acuse, já não sente o peso de seus atos. Ele pode até mesmo seguir normas de conduta moral da sociedade, mas a interpretará como uma convenção mecânica, e jamais a irá contraí-la de coração.
Na recusa de reconhecer a todo custo uma verdade inalienável e auto-evidente, o homem acha duas saídas:
1-Cria um sentido ilusório de vida, que o deixa longe da verdade
2-Cria argumentos para patentear que aquilo que ele não sente inexiste na realidade.
Nesta segunda, a falta de sensibilidade do discernir entre um ato moral bom e mal do indivíduo, o fará utilizar essa insensibilidade como “evidência” de que as convenções morais são vazias ou relativas.
Contudo, o próprio continuará a ter sentimentos morais que o próprio julga superior. Todavia, este não ficará satisfeito em ter que admitir que a sua opinião ou valor moral é igual ao de um outro qualquer. Nisto, ele começa a desenvolver um instrumento que venha a justificar os atos ou os gostos dele acima dos outros. Ou seja, ele cria uma nova moral justificada em um novo instrumento objetivador, que irá se responsabilizar pela universalização dos anseios pessoais do sujeito.
E contemporâneamente, a ciência muitas vezes é utilizada para justificar os maiores absurdos que um indivíduo quer cometer, para que assim ele não seja confrontado. Olavo de Carvalho comenta em sua obra “Sobre os Fundamentos da Moral” sobre como isso tem sido feito:
Temível sinal de derrocada intelectual do homem moderno é que nossa ciência pretenda assentar-se num critério de veracidade e objetividade que seja apenas um código público, uma tábua de regrinhas prontas de aplicação mais ou menos uniforme e mecânica que dispense a autoconsciência, A RESPONSABILIDADE E A SINCERIDADE como adornos subjetivos. É a coisificação da verdade.
Ou seja, o abortista, para justificar sua imoralidade se apoia em pressupostos científicos para desqualificar as verdades que a ele se opõe. Neste caso, a responsabilidade maternal ou paternal.
O desejo quase que patológico do sujeito em ignorar essa verdade, o faz criar um mecanismo de negação que traz a construção de meios de eliminar essa verdade.
Isto não é somente comum a abortistas, mas a neoateus também (que em geral são cúmplices dos maiores absurdos, como a legalização do aborto, das drogas, etc).
Por esses dias estava conversando com colegas ateus, e os próprios estavam falando sobre o “falar em línguas”. Que consiste quando o sujeito em um ambiente religioso, começa a falar línguas que jamais falou ou aprendeu. Na situação, eu relatei a experiência em que minha mãe em um momento de oração, começou a dizer palavras estranhas.
Após eu ter dito isso, os presentes soltaram inúmeras teorias científicas para o fenômeno, mas a que me fez rir foi a de um sujeito que disse:
“Há palavras gregas cujo fonemas, são muito parecidos com o português. Talvez a sua mãe, tenha orado em grego em um momento emocional elevado”.
Então o que vemos aqui, é o esforço ABISSAL de não reconhecer uma possível verdade que pode incomodar o ateu. De modo que é mais racional que uma pessoa que nunca teve contato com grego, fale grego fluentemente, do que a simples ação divina naquele momento. A Navalha de Ockham sendo jogada no lixo por eles.
Isso nos remete a afirmação de Chesterton:
“Quando um homem já não crê em Deus, não é que ele não acredita em nada: ele acredita em tudo.”
Quando um sujeito nega uma verdade absoluta, ele fica passível de acreditar em QUALQUERcoisa. Por mais absurdo que a razão do mesmo denuncie. Ou seja, quando o camarada está disposto a não aceitar sob hipótese alguma verdade, ele se submeterá a irracionalidades, que em outras condições que não fossem remetidas a essa verdade, ele acharia um absurdo. Normalmente, o sujeito se refugirá a um discurso progressista para que eternamente ele não possa encarar a verdade. Naturalmente ele dirá:
“Nós não sabemos a resposta dessa questão, mas com o progresso da sociedade e da ciência certamente ficaremos livres dessas crenças”.
Ou seja, para se absolver de uma verdade eterna, inventa-se uma mentira eterna.
A relativização da verdade, tem um efeito lunático sobre as pessoas. Onde sabemos distinguir um cachorro de um gato, mas não sabemos se de fato existe um cachorro ou gato. Ou seja, não há mais “discernimento dos espíritos”. Quando perde-se a própria identidade e por consequência a verdade objetiva das coisas, o sujeito simplesmente elouquece pensando que está sendo são, sábio e livre. Quando na verdade essa condição de negação, o leva a uma prisão de alienação patológica.
Olavo de Carvalho comenta:
O homem moderno foi submetido a uma dose de estimulação contraditória superior a tudo quanto os seus antepassados poderiam sequer imaginar; ela já passou da fase ultraparadoxal, todas as suas cadeias de reflexos foram invertidas ou pervertidas, e agora ele só crê naquilo que seja flagrantemente contrário às evidências.
Que os abortistas de plantão possam enfim reconhecer e ter um pingo de autoconsciência, de que a real verdade da defesa pela morte do feto, não é porque é cientificamente viável, mas sim por um desejo adolescente de não assumir uma responsabilidade e é claro um sentimento indescritível da vontade de matar. O sangue derramado pelo que o limita, é a vontade e a psicopatia pelo qual perfazem a cabeça do abortista.

FONTE:
http://apologeticadivina.wordpress.com/2011/09/21/aborto-e-a-percepcao-da-verdade/#comments